Não faz muito tempo e, se você é fã de MMA, certamente vai se lembrar. Não importava o evento e muito menos onde ele estava sendo realizado, o certo é que todo fã veria o onipresente boné roxo na cabeça de algum lutador. Ex-campeões do UFC, como Anderson Silva, Junior Cigano, Jose Aldo, Rodrigo Minotauro e Lyoto Machida desfilavam com a peça, que era produzida em pequena escala, o que fazia com que o boné fosse ainda mais desejado pelos fãs. O fim da parceria com o UFC e uma briga judicial acabou forçando a marca a sair de cena. Mas ela está de volta. Quem garante é o empresário Bony Monteiro, fundador da empresa que leva o seu nome.
“O boné roxo faz parte da história, e nos orgulhamos muito disso. Graças aos atletas que usaram o boné de forma heróica, travando verdadeiras batalhas dentro do octógono, nosso nome foi levado para longe e alcançamos muita gente no mundo todo. Nos sentimos privilegiados por ser uma das marcas mais lembradas até hoje. Estamos retornando ao mercado do varejo, tanto com sucos em lata e o Tetra Pak, e contamos com o sorbet de açaí (mais conhecido como mix de açaí). Nosso retorno em plena pandemia foi uma coincidência, pois estávamos decididos a voltar ao varejo. Mas, como bons lutadores que somos, nada melhor do que aceitar o desafio e entrar de cabeça”, disse Bony.
O boné foi uma das estratégias muito bem adotadas pela Bony Açaí, que ganhou projeção mundial especialmente por ser um dos apoiadores do UFC. A marca acabou saindo de cena quando o UFC fechou uma parceria exclusiva com a Reebok, fechando as portas para outros patrocinados. Outro motivo para o “sumiço” da marca foi uma briga judicial, como explicou Bony Monteiro.
“O UFC fechou a parceria com a Reebok e não permitiu mais que os atletas usassem outras marcas. Mas não temos mágoas. Na verdade, somos verdadeiramente agradecidos por tudo o que UFC fez e ainda fará pela Bony Açaí e pelo MMA brasileiro. E o segundo motivo desse sumiço foi que entramos em uma disputa jurídica pela marca. Eu tive que provar que o meu primeiro nome era meu. Mas tudo bem, no fim tudo deu certo e acabamos com os litígios da melhor forma possível. Passamos por muitas dificuldades, tomamos uma surra da vida. Muitos em nosso lugar teriam desistido, mas nunca passou pela nossa cabeça jogar a toalha. Continuamos lutando e, como um bom lutador, demos a volta por cima”.
A atuação da Bony Açaí no universo da luta foi marcante. Por isso, a empresa sonha alto nessa retomada. Bony Monteiro quer fazer da marca sinônimo de açaí no mundo.
“Sem dúvida, a atuação da Bony Açaí no mercado das lutas será marcante. Até porque devemos isso ao universo das lutas. As lutas nos ajudaram demais e temos uma dívida com o esporte. Queremos continuar promovendo, ajudando e incentivando novos talentos. Mas, além disso, os planos da empresa sempre foram deixar uma marca, levando as maravilhas da Amazônia aos quatro cantos do planeta, seja em forma de polpa de açaí, suco ou mix. Queremos que cada paraense se orgulhe de ser paraense e cada brasileiro se orgulhe de ser brasileiro, porque foi um ‘caboco’ paraense que saiu da selva e levou o Açaí para o mundo todo. Assim como a Red Bull fez com o energético saindo da Áustria, e a Apple, que começou em uma garagem na Califórnia, fez com a tecnologia, nos faremos isso saindo da selva”, concluiu.