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Deiveson “Deus da Guerra” fala sobre a rivalidade contra Benavidez

Foto UFC Brasil

O dia 29 de fevereiro marca a primeira disputa de cinturão do UFC envolvendo um brasileiro em 2020. Na luta principal do UFC Norfolk, Deiveson Figueiredo vai encarar o veterano Joseph Benavidez em luta que vale o título vago do peso-mosca.

A luta ente Deiveson e Benavidez já foi marcada em outra ocasião: eles deveriam ter medido forças no UFC 233, em 26 de janeiro de 2019, mas o card inteiro foi cancelado. De acordo com o brasileiro, a organização tentou adiantar a luta para o dia 19 daquele mês, mas ele recusou pois estava se recuperando de uma lesão e não conseguiria bater o peso ganhado com o uso das medicações.

E foi aí que a rivalidade começou. Benavidez criticou Deiveson publicamente, e as declarações do norte-americano não foram bem recebidas pelo “Deus da Guerra”.

“Como atleta, ele é um cara nota 10. Pelo histórico dele, é um grande lutador e merece estar onde está. Agora, como pessoa, eu realmente fiquei chateado com ele da última vez que a nossa luta foi marcada e não deu certo por conta de lesões minhas. Eu estava acima do peso e teria pouco tempo para perder, então para mim não deu. Eu recusei a luta e ele me criticou bastante, então como pessoa não gosto muito desse cara”, disse em conversa com a reportagem do UFC Brasil.

“Ele falou merda de mim, falou que eu afrouxei para ele, que não quis lutar. Agora estou aí, pronto para lutar com e mostrar quem é o cara que ele falou que ficou com medo”, afirmou, revelando até que está aprendendo um pouco mais de inglês para falar diretamente com o rival. “Eu vou saber xingar ele um pouquinho”.

Assim como em suas duas últimas lutas, Deiveson fará o camp inteiro na academia que tem com o irmão, a Team Figueiredo, em Belém do Pará. O peso-mosca quer provar que uma preparação 100% brasileira é mais que suficiente para uma disputa de cinturão no UFC, mas não dispensa a ideia de um dia voltar a treinar na Team Alpha Male – equipe que por anos foi casa de Benavidez.

“Eu estou vindo de duas ótimas lutas no UFC, e dois camps que fiz aqui em Belém mesmo. Eu me senti superbem, mostrei que temos ótimos coaches aqui que estão aptos a treinar alguém para uma disputa de cinturão. Meu camp vai ser feito todo aqui, voltado para o Benavidez, com toda a atenção que eu mereço”, disse.

“Agora não é um bom momento [para treinar na Alpha Male] porque o Benavidez saiu, mas tem muitos amigos lá dentro. Mas espero um dia voltar. O Urijah Faber me recebeu superbem, sou muito grato, então espero voltar a fazer camps lá, e quem sabe um dia representar a academia dele novamente”.

Quando se olha o retrospecto de Deiveson, é até difícil acreditar que ele só passou a se dedicar inteiramente ao MMA há pouco mais de dois anos, quando assinou com o UFC.

Desde junho de 2017, o paraense venceu seis combates e subiu ao terceiro lugar da categoria. Agora, ele terá a chance de se tornar o primeiro brasileiro a conquistar o cinturão da categoria até 57 Kg no UFC, e garante que o timing não poderia ser melhor.

“Acho que estou apto a disputar esse cinturão, e vou mostrar isso ao mundo. É um propósito de Deus na minha vida, e tenho certeza de que na noite de 29 de fevereiro esse propósito vai ser realizado. Prometo a todos os brasileiros que vou defender esse cinturão por muito tempo. Vou me doar como atleta, vou me doar ao esporte que pratico com amor para que esse cinturão fique no Brasil por muito tempo”.

Fonte Jéssica Portasio -UFC

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