Michel Pereira, o “Paraense Voador”, ganhou notoriedade ao aplicar golpes acrobáticos no cage. Neste sábado, no UFC Rochester, nos Estados Unidos, o lutador terá a chance de ampliar sua visibilidade ao estrear no Ultimate contra Danny Roberts, pelo peso-meio-médio.
Em entrevista exclusiva ao Combate, ele mostrou mais preocupação com sua performance do que com o resultado do confronto.
– Sempre tem as brechas, são nessas brechas que faço meu show. Cada luta não tem como a gente saber o que vai acontecer, mas pode esperar que em todas as minhas lutas, no momento que puder dar show, esse é o meu objetivo. Não penso muito em lutar pela vitória, penso em dar show para o público, agradar o público e o dono do evento. Vitória ou derrota é consequência. Meu objetivo é dar show para quem assiste. Pode ser que a luta seja rápida, demorada, eu não gosto muito de lutar só um round. Gosto de no mínimo dois a três rounds. Conforme a luta vai, vou me animando e sentindo. Quando começo a sentir a luta, começo a soltar meu jogo e aí começa o showtime, o showman. Meu foco é sempre dar show para todos que estão assistindo à luta.
No MMA profissional desde 2011, Michel Pereira, dono de 21 vitórias e nove derrotas na carreira, ainda absorve a ideia de integrar o principal evento do esporte.
– A ficha ainda não caiu. Não sei quando entrar no octógono como vou reagir, mas estou bem tranquilo, focado na perda de peso. Fazia tempo que vinha tentando entrar no UFC e nunca conseguia. Meu maior medo era da minha idade chegar e eu não poder entrar. Falava: “Nossa, tem tanto cara lá que não merece e está. E eu que luto tanto para estar lá, faço coisas diferentes que nunca ninguém fez, coisas que eu invento, que vendem muito, chamam muita atenção, e não estou lá”. Estava passando da hora de estar no UFC. Creio que serei um grande campeão, vou fazer um nome muito bom no UFC e quero representar o Brasil de forma diferente. Vou mostrar meu estilo de luta e o Sul do Pará para todo o mundo – declarou o atleta, natural de Tucumã.
Questionado se poderia antecipar algum golpe acrobático preparado para o sábado, o “Paraense Voador” destacou que age com naturalidade, sem muito plano.
– É complicado eu falar o que vou fazer porque é uma coisa de segundos. Prefiro deixar acontecer. São coisas que não sei se farei nessa ou em outra. É tudo no decorrer da luta, no momento, mas quando eu fizer, verão que nunca ninguém fez. São coisas que não têm como explicar e uma dessas coisas são as ideias que tenho do que fazer. E podem ter certeza: eu vou fazer. Sempre invento algumas coisas, tenho um dom, um talento que não são muitos que têm. Sou prestigiado por ter este dom de criar coisas. Têm coisas que, se eu falar que vou fazer, você não acredita. “Não, você não vai fazer”. Já escutei muito isso, já fui muito criticado por isso, mas tudo que falei que ia fazer, eu fiz, e quando fiz ninguém acreditou.
Fonte Canal Combate