Os olhos de Polyana Viana se enchem de lágrimas. Não, ela não está emocionada por fazer sua primeira luta no exterior. E nem pelo bom momento profissional que atravessa. São lágrimas de saudade. A atleta, que está em Los Angeles para enfrentar JJ Aldrich, sábado, no UFC 227, atualmente vive no Rio de Janeiro, e não se acostuma com a distância do filho, Davi, que mora no Pará.
Em entrevista exclusiva ao Combate, Polyana conta que a criança está passeando com seu irmão, em uma fazenda, onde não há sinal de celular. São 15 dias sem falar com o pequeno Davi – e a saudade está apertada.
– Essa é uma das partes mais difíceis, ficar longe. Ele já não tem pai, só tem a mim e a minha família por parte de mãe. A minha família por parte de pai não é muito próxima. Isso me motiva, mas ao mesmo tempo me entristece, ficar longe. Não é fácil, não me acostumei ainda. Nos falamos por Whatsapp, chamada de vídeo. Agora ele está em uma fazenda que não tem sinal, passando as férias com o meu irmão. Tem duas semanas que não falo com ele, mas a minha irmã gravou um vídeo, então sei que ele está bem.
A paraense, que nasceu na cidade de São Geraldo do Araguaia, projeta entrar no octógono mais uma vez até o fim de 2018 para ter condições de levar Davi para morar no Rio de Janeiro
– Eu quero lutar mais uma vez para eu poder ganhar mais dinheiro e levá-lo para o Rio no ano que vem. Desde que entrei no UFC, a Polyana não mudou nada. Sou a mesma, mas financeiramente mudaram algumas coisas. Espero que fique melhor. Quero trazê-lo para cá. Não é só para ficar comigo, é para dar uma vida melhor a ele.
Em sua estreia no Ultimate, no UFC Belém, em fevereiro, Polyana finalizou Maia Stevenson, em 3m50s, demonstrando a tranquilidade de uma veterana. E, em seu debute no exterior, ela garante que fará o mesmo.
– Eu não consigo ficar tão nervosa, fico mais nervosa dando entrevista do que lutando. O meu nervosismo é enquanto o árbitro está no meio, depois que ele sai, acabou, vira um treino. O que eu passo na academia não é metade do que eu passarei ali. Eu levo muita porrada. A única coisa que eu mudei no meu treino foi a base, porque vou lutar contra uma canhota. Vai ser a minha primeira vez. Não tive dificuldade, achei melhor (risos), porque meu chute vai entrar.
Fonte Canal Combate