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Dos Anjos quer dar lição a Colby: “No Brasil ou nos EUA, vai apanhar do mesmo jeito”

 

Rafael dos Anjos disputa, no dia 9 de junho, em Chicago, o cinturão interino do peso-meio-médio do UFC contra o americano Colby Covington no UFC 225. O duelo, inicialmente, estava marcado para o UFC Rio 9, que acontece dia 12 de maio no Rio de Janeiro, mas depois que Conor McGregor invadiu um evento de imprensa em Nova York para acertar as contas com Khabib Nurmagomedov por conta de uma rixa pessoal, o Ultimate preferiu transferir a luta do brasileiro contra o falastrão americano para os EUA.

Covington é o terceiro colocado no ranking da categoria (o brasileiro ocupa a posição número dois), mas ganhou os holofotes depois de proferir uma série de ofensas ao Brasil em outubro do ano passado. Na época, logo após derrotar Demian Maia no UFC São Paulo, e ainda dentro do octógono, ele chamou o país de “chiqueiro” e os brasileiros de “animais imundos”.

Após o episódio, o atleta da American Top Team ganhou ainda mais espaço na mídia internacional ao se envolver em uma confusão com Fabricio Werdum, ex-campeão dos peso-pesados do UFC, que chegou a jogar um bumerangue de brinquedo no americano após uma discussão no UFC Austrália. Dos Anjos até relembrou o incidente na coletiva de imprensa de comemoração dos 25 anos do UFC (ele apareceu vestindo uma camiseta com uma estampa de bumerangue). Em entrevista ao Combate, Rafael garantiu que não quer saber de confusão fora do octógono. Pra ele, o que importa é o respeito pregado pelas artes marciais, e é essa a lição que ele quer dar ao americano no UFC 225.

– Estava feliz em voltar a lutar no Rio dez anos depois. Da minha parte estava tudo certo, contrato assinado pro dia 12 de maio. Mas depois da confusão toda do McGregor em Nova York, essa luta acabou sendo transferida pra Chicago. Pra mim foi bom por um lado, porque ganhei mais tempo de preparação. Ele está fazendo de tudo para arrumar um motivo para pular fora dessa luta. Ficou exigindo mil coisas com relação à segurança no Rio, mas agora vai ter que matar no peito. Botou uma bronca, xingou todo mundo, fez isso e fez aquilo, agora vai ter que ir lá. Vou ter que cobrar o prejuízo dele. A luta pode ser aonde for, no Brasil ou EUA, que esse cara vai levar uma surra do mesmo jeito.

Ex-campeão dos leves, Dos Anjos já se deparou com alguns falastrões na carreira, a começar pelo irlandês Conor McGregor. O duelo entre eles nunca se concretizou por conta de uma lesão do brasileiro, mas lhe deu experiência de sobra para lidar com situações de desrespeito como a de agora.

– Acho que o Colby cruza a linha. É um McGregor amador. Ele falta com o respeito, chega no país das pessoas e xinga os moradores, xinga as pessoas daquela pátria, como ele fez com o Brasil. Fico imaginando se algum brasileiro ou uma pessoa de outra nacionalidade viesse aos Estados Unidos e fizesse a mesma coisa. Como seria? Acho que ele falta com o respeito. Artes marciais tratam sobre respeito. Você tem que ter respeito por um cara mais graduado, respeitar a próxima pessoa. Eu, na minha vida, aprendi muito com isso. Era um garoto muito agitado na escola, e a arte marcial me trouxe esses valores. O que eu quero mostrar para esse cara é que a arte marcial tem valor, não é só chegar ali e se trancar num cage e brigar. Tem toda uma coisa por trás disso, tem um país e pessoas que você não pode ofender. Estou nesta missão para defender meu país, defender minha nação. Esse cara tem falado barbaridades de brasileiros. Já lutei nos Estados Unidos várias vezes, você ser vaiado na casa dos outros é normal, mas você tem que ter jogo de cintura pra lidar com isso. Os fãs estão na arena empolgados, alguns bebendo, e você tem que saber (lidar), muitos não tem noção do que é a luta realmente, mas você não tem o direito de chegar na nação das pessoas e sair xingando todo mundo. Ele vai ser cobrado.

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